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Sintomas e Cuidados a Ter

(Confinamento/Quarentena)

Em primeiro lugar todos deveríamos entender que as coisas hoje são diferentes de como eram antes da pandemia, nomeadamente no que diz respeito aos beijos e abraços, pois as pessoas continuam a beijar-se e a abraçar-se como se nada tivesse acontecido, NÃO pode ser.

Por muito que custe a uma mãe ver de novo um filho ou uma filha que já não via há muito tempo, não lhe pode dar um beijo, por muito que custe, não lhe pode dar um abraço, por muito quer lhe custe, o mesmo para os netos e avós. Eu sei que uma avó ou um avô que não vê os netos há algum tempo, queria muito abraçá-los ou beijá-los, não pode fazê-lo, NUNCA.

Enquanto TODAS as pessoas não entenderem uma coisa pequena e simples, não vale a pena continuar com paninhos quentes tanto do governo como da DGS se as pessoas não entendem ou não querem entender, assim não vale a pena. Andam algumas pessoas a lutar e a privar-se de muitas coisas para que outras possam prevaricar sem se preocupar com a gravidade que a situação justifica.

Desde há muitos anos que o Mundo não sofria tamanho surto pandémico, com a gravidade que este tem (ver o texto anterior, Covid – 19: O que é e como atua?) o coronavírus é um vírus muito mais resistente, muito mais persistente, que outros vírus que provocam sintomas parecidos, como a peste negra, a febre espanhola, entre outras, mas este revela efeitos bem mais devastadores.

Está nas nossas mãos fazer diminuir o surto para tentar achatar a curva da sua propagação.

Devemos estar atentos aos sintomas, embora haja casos em que estes não se revelam, os chamados assintomáticos, os sintomas mais frequentes são a tosse, frequente e seca, ou seja, sem expetoração e febres altas, repentinas, sintomas que podem permanecer até 25 dias ou mais. Se estes sintomas forem acompanhados por exemplo de perda de olfato ou sabor, ou de fadiga e fraqueza, ou de dores no corpo, ou náuseas, vómitos ou diarreia, algo de muito mau pode estar a acontecer. Não devemos, no entanto, confundir esses sintomas com a febre normal, nomeadamente se houver perda de olfato ou sabor, sintomas que não se verificam na febre normal, mas as dores são frequentes em ambas; devemos por isso estar atentos a esse fatores de ausência de cheiro e paladar (ver figura 1), se tivermos febre alta e tosse seca.

(figura 1)

 

Contudo há um teste que cada um de nós pode facilmente fazer que é tentar suster a respiração durante apenas dez segundos, respiramos fundo e tentamos reter o ar nos pulmões enquanto contamos até dez lentamente, se conseguirmos, embora com sintomas, significa que o vírus ainda não se alojou nos pulmões, se não conseguirmos suster a respiração, significa que algo de errado se alojou nos nossos pulmões e teremos de ter ajuda e cuidados médicos.

Para não congestionar os serviços de urgência, só quando não conseguimos sozinhos dar conta do recado e das perdas de fôlego, se tivermos dificuldade em respirar ou a respiração se tornar verdadeiramente ofegante é que devemos procurar ajuda médica, pois neste momento e durante toda a pandemia as urgências não têm mãos a medir, e, as coisas não estão nada fáceis, mesmo nada, no que diz respeito aos sistemas de saúde.

Se por alguma razão estivermos em confinamento, em quarentena de segurança ou em isolamento profilático, não devemos contactar com nenhuma outra pessoa diretamente, em caso de necessidade sempre com máscara, a uma distância superior a dois metros e sempre com as mãos lavadas e desinfetadas. Devemos separar-nos de todas as pessoas com quem vivemos e respeitar durante dez dias, ou mais, esse mesmo isolamento, porque as pessoas que nos rodeiam e com quem vivemos, temos de as proteger, já que não conseguimos proteger-nos a nós próprios.

Nada disto é engraçado, mas ao olhar para a situação de uma diferente perspetiva é um pequeno preço a pagar.

O ficar em casa permite a que pelo menos não haja propagação descontrolada do vírus, e, de uma forma ou de outra podemos ficar mais seguros em casa do que em sítios, onde sem esperar, podemos encontrar o coronavírus sem nos apercebermos, pois este é o pior dos nossos inimigos, está onde menos se espera e mesmo que ele lá esteja, nunca o saberemos. É o nosso inimigo invisível e letal, contra o qual apenas há, até aos dias de hoje, uma pequena esperança de que tudo irá ficar bem… mas nada ficará, nunca mais, como era dantes.

Professor Jorge Santiago


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